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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A raposa que dormiu no ponto

Toda essa história da guerra de navegadores surgiu há muito tempo, ainda nos primórdios da Internet Comercial mas até hoje as gigantes travam uma batalha diariamente nos milhares de computadores espalhados pelo mundo em casas e escritórios em busca de dominar esse mercado tão estrategicamente importante para todos, a sua porta de acesso ao mundo.
Há alguns anos o Internet Explorer dominava o mercado com o seu navegador Internet Explorer que, venhamos e convenhamos, era uma verdadeira colcha de retalhos, cheio de remendos aqui e ali mas sempre mantendo suas graves brechas de segurança. Isso fez com que a Fundação Mozilla lançasse com bastante sucesso o navegador originado do código fonte do lendário Netscape. Assim surgiu o Mozilla Firefox, um navegador leve, seguro e eficiente. Compatível com as melhores tecnologias existentes até o momento e oferecendo um diferencial que foi o grande responsável por sua rápida adoção por grande parte dos usuários: os plugins.
Basicamente o Mozilla Firefox era um navegador simples, seguro e que abria as mais diversas possibilidades para os seus usuários através de mini-aplicações criadas para rodar dentro do navegador oferecendo diversas funções à quem as instalasse. Com base nisso, milhares de desenvolvedores começaram a fazer cada vez mais extensões para o Mozilla Firefox que adicionavam ao navegador as mais esquisitas e interessantes funcionalidades e isso agradava tanto ao usuário doméstico quanto aos desenvolvedores.
Acontece que, não sei porque cargas d’água a Fundação Mozilla relaxou por estar em uma posição confortável (nem tão confortável assim, pois o Firefox nunca chegou a ultrapassar a quantidade de usuários do Internet Explorer) em relação aos seus usuários e desenvolvedores de plugins e simplesmente deixou muito tempo passar entre a versão 3.6 e a versão 4.0 do navegador. Só para vocês terem uma idéia, a versão 3.6 do navegador foi lançada em 30 de Junho de 2009 21 de Janeiro de 2010 e a versão 4.0 foi lançada apenas em 22 de Março de 2011. Mais de 1 ano de brechas sendo tapadas com pequenas correções enquanto o navegador, lotado de extensões dos mais diversos tipos, afundava em leaks de memória e constantes travamentos. Chegou-se à um ponto em que você tinha que fechar o Mozilla Firefox constantemente para que o uso do navegador não travasse o sistema operacional completamente. Esquecer o navegador aberto durante um dia inteiro no computador com toda a certeza significaria perder o trabalho não salvo do computador e ainda ter que reiniciar o sistema operacional abruptamente.
Nesse período “conturbado” da história do Mozilla Firefox já existia o navegador Google Chrome, que é um navegador desenvolvido pela equipe da Google baseado no código fonte aberto Chromium. O Google Chrome logo de cara já impressionava em termos de estabilidade e rapidez de navegação. Era notável a diferença do Google Chrome em relação ao seu concorrente mais próximo, o Mozilla Firefox.
Em Maio de 2010 foi lançada a primeira versão estável do Google Chrome que trazia em sua bagagem uma imensa quantidade de novidades e melhorias em relação aos navegadores existentes como suporte à extensões, compatibilidade com o HTML 5, sincronização de configurações, extensões e favoritos dentre diversas outras melhorias. O ano de 2010 realmente foi um ano de trabalho muito intenso em cima do Google Chrome e a sua equipe de desenvolvimento implementou melhorias atrás de melhorias no navegador enquanto a fundação Mozilla adiava constantemente a data de lançamento do Mozilla Firefox 4, sempre prometendo recursos e melhorias. Nesse meio tempo todos os desenvolvedores que já faziam extensões para o Mozilla Firefox começaram a se interessar e desenvolver extensões também para o Google Chrome e assim, a cada dia, o Google Chrome se tornava mais competitivo enquanto o navegador da Fundação Mozilla continuava parado no tempo.
Quando finalmente saiu a versão 4 do Mozilla Firefox já era muito tarde. O Google Chrome já havia se firmado na guerra dos navegadores e já havia adepto à ele em todos as partes do mundo, principalmente devido à sua grande integração às contas do Google e recursos simplesmente fantásticos que, mesmo na versão 4 do Mozilla Firefox, ainda não deram as caras sob os pelos da raposa.
By: Ed.

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